Por João Roberto
da costa
Em Junho do corrente
ano chegou as bancas tupiniquins pelo módico preço de R$ 5,90 a primeira edição
da revista do Lanterna Verde. A edição é composta por 68 páginas e traz em seu
bojo três histórias.
A edição abre com a
história do Lanterna Verde de Geoff Johns. A narrativa do referido autor é
bastante rasa, consequentemente o leitor se depara com uma leitura rápida e que
em nenhum momento empolga.
Três pilares sustentam
o enredo de Johns, a saber, o desempregado e endividado Hal Jordan que não é
mais um Lanterna Verde e por causa disso está deslocado no mundo. Sinestro que
agora é um Lanterna Verde contra a sua vontade e que percebe que a Tropa
Sinestro escravizou o povo de Korugar. E os Guardiões que querem dar um jeito
de acabar com as emoções que Ganthet sente, afim de reintegra-lo a coletividade
dos Guardiões.
Além de um roteiro
fraco a revista ainda conta com os desenhos de Doug Mahnke. E isso não é uma
boa notícia, pois o cara tem um estilo de arte sofrível, seus desenhos são
irregulares e em alguns momentos os olhos e os sorrisos dos personagens parecem
mais de um zumbi do que de um ser vivo.
Na sequência o leitor
se depara com a Tropa dos Lanternas Verdes de Peter Tomasi. Tomasi é um cara
que escreveu meio que escorado no Johns e a consequência disso é que os
Lanternas Verdes da Terra que ele usa na história também estão desempregados.
Entretanto, ele tem uma
premissa interessante, pois Lanternas Verdes têm sido assassinados e recursos
naturais de vários planetas estão desaparecendo. E nisso ele consegue instigar
a curiosidade do leitor para o que vem a seguir, consequentemente ele produz um
roteiro interessante com diálogos bem elaborados, provocando no fã uma coisa
importante, interesse pelo que está acontecendo.
Não bastasse o bom
roteiro, Tomasi tem como desenhista Fernando Pasarin que dá um show. Quando
roteiro e arte são bons o gibi ganha destaque, por causa disso a Tropa é a
melhor revista do Mix na presente edição do Lanterna Verde.
Fecha a edição a série
estrelada por Kyle Rayner intitulada Os Novos Guardiões. A temática proposta
por Tony Bedard é bem simples, ou seja, anéis de outras tropas deixam seus
donos e escolhem Rayner como seu novo portador, isso atrai a atenção dos
Lanternas de outras tropas que querem puni-lo por ser ele um ladrão de anéis,
mas ele não é, a partir disso a confusão toma conta, pois o conflito torna-se inevitável.
Os Novos Guardiões não
é uma grande história, mas diverte e a arte de Tyler Kirkham é bem consistente,
tornando a história agradável visualmente falando.
Enfim, a edição um do
Lanterna Verde que faz parte do Reboot pouco ousado da DC é razoável. Se você
não leu, leia, até porque Tropa e Novos Guardiões tiveram bons “começos”.